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O IDH é uma medida condensada para avaliar o progresso a longo prazo em três dimensões básicas do desenvolvimento humano.
O IDH varia de 0 a 1 (quanto mais próximo de 1, maior o desenvolvimento humano) e mede as realizações em três dimensões básicas do desenvolvimento humano – uma vida longa e saudável, o conhecimento e um padrão de vida digno. As três variáveis analisadas, dessa forma, são relacionadas à saúde, educação e renda.
Desde o ano passado o Relatório de Desenvolvimento Humano deixou de classificar o nível de desenvolvimento de acordo com valores fixos e passou a utilizar uma classificação relativa. A lista de países é dividida em quatro partes semelhantes. Os 25% com maior IDH são os de desenvolvimento humano muito alto, o quartil seguinte representa os de alto desenvolvimento (do qual o Brasil faz parte), o terceiro grupo é o de médio e os 25% piores, os de baixo desenvolvimento humano.
A situação do Brasil
O Brasil continua melhorando a média de seu Índice de Desenvolvimento Humano, e passamos de 0,665 no ano 2000, para 0,718 agora em 2011. Vejam a tabela abaixo as melhorias que houve nas condições de vida da media da população.
No entanto, estamos muito longe, das condições necessárias para que todo povo viva bem. Por isso mais do que a média que vai melhorando, o maior problema do Brasil são as desigualdades sociais, que existe entre os mais pobres e os mais ricos, que faz com que uma imensa maioria da população não consiga ter acesso às condições básicas de melhorias em saúde, educação, moradia e renda.
Índice de Desigualdade de Gênero (IDG)
O Índice de Desigualdade de Gênero (IDG) reflete desigualdades com base no gênero em três dimensões – saúde reprodutiva, autonomia e atividade econômica. A saúde reprodutiva é medida pelas taxas de mortalidade materna e de fertilidade entre as adolescentes; a autonomia é medida pela proporção de assentos parlamentares ocupados por cada gênero e a obtenção de educação secundária ou superior por cada gênero; e a atividade econômica é medida pela taxa de participação no mercado de trabalho para cada gênero.
O IDG substitui os anteriores Índice de Desenvolvimento relacionado ao Gênero e Índice de Autonomia de Gênero. Ele mostra a perda no desenvolvimento humano devido à desigualdade entre as conquistas femininas e masculinas nas três dimensões do IDG.
O Brasil tem um valor de IDG de 0,449, que o coloca na posição 80 dentre 146 países no índice de 2011. No Brasil, 9,6% dos assentos parlamentares são ocupados por mulheres e 48,8% das mulheres adultas têm alcançado um nível de educação secundário ou superior, em comparação com 46,3% de suas contrapartes masculinas. Para cada 100.000 nascidos vivos, 58 mulheres morrem de causas relacionadas à gravidez; e a taxa de fertilidade entre as adolescentes é de 75,6 nascimentos por 1000 nascidos vivos. A participação feminina no mercado de trabalho é de 60,1%, em comparação com 81,9% para os homens.
Estamos muito atras de muitos países
Atualmente o Brasil ocupa a 84 posiçao, (entre 169 países) no Índice de desenvolvimento Humano (conforme vê-se pela tabela) e muito pior, de que diversos países da América Latina, nossos vizinhos, que tem uma economia mais pobre, porem, segundo esses indicadores seus povos vivem melhor, do que a média do povo Brasileiro.
Vejam a comparação
Posição PAIS
no mundo
44 CHILE 0,805
45 ARGENTINA 0,797
48 URUGUAI O,783
51 CUBA 0,776
57 MEXICO 0,770
58 PANAMA 0,768
69 COSTA RICA 0,745
73 VENEZUELA 0,735
79 JAMAICA 0,727
80 PERU 0,725
81 DOMINICA 0,724
82 SANTA LUCIA 0,723
83 EQUADOR 0,722
84 BRASIL 0,718
Ou seja, há treze países latino-americanos aonde o povo vive melhor do que no Brasil.
Nota: Alguns comentários tomou-se do artigo de Ricardo Bergamini
Fonte: PNUD, publicado nos jornais do dia 03/11/11