sábado, 23 de julho de 2011

Reconquistar a UNE exige; lutar e sonhar

“Tudo é mudança, nada permanece estável”
            Chegamos ao fim do 52 Congresso da União Nacional dos Estudantes, a UNE. Entidade máxima de deliberações e representatividade estudantil. O congresso aconteceu para definir a nova executiva e presidência da entidade, nesse sentido a programação deveria apresentar um balanço das atividades promovidas pela ultima gestão, a política implementada e seus posicionamentos frente à conjuntura dos últimos anos. No entanto o que aconteceu deixou clara a opção por um método pouco democrático, onde o espaço para o debate não é garantido para que os diferentes setores que compõe a entidade se reúnam e discutam a realidade do movimento estudantil e seu desafio frente à conjuntura atual do momento histórico e o papel da juventude. O campo majoritário optou por uma estrutura que dificultasse a operacionalização de outras forças políticas para participarem e deixar claro sua posição frente ao atual momento da entidade e suas opções políticas.
            Nas mesas de debate não se garantiu a mínima participação e envolvimento dos congressistas, pois o intuito de tais mesas é justamente o envolvimento dos participantes na construção de uma consciência e opinião diante de temas relevantes para o futuro da estrutura social e política do Brasil. No eixo das grandes mobilizações do congresso é importante frisar alguns atos que manifestaram a opção política da juventude diante de temas que atingem diretamente o cotidiano do jovem brasileiro como o ato que solicitava 10% do PIB e 50% do pré-sal para a educação, a marcha da maconha, a marcha das vadias e o ato contra o novo Código Florestal, que além de forças políticas da UNE( Reconquistar a UNE, UJR, Contraponto, Levante) contou também com a participação de movimentos sociais (CPT, MST, FETRAF, MLST, Via Campesina, Terra Livre, MVTC, MBTR, Recid-Go). Como proposta de encaminhamento o ato exigia que fosse colocado uma resolução na UNE para votar contra a relatoria do novo código, uma vez que os movimentos sociais entendem que tais propostas não irão favorecer a agricultura familiar e nem a reforma agrária para o pequeno agricultor.

            O atual momento apresenta condições adversas em vários setores da sociedade contemporânea, as quais se manifestam em dimensões diferentes em múltiplos contextos, no entanto a crise se instala na estrutura da sociedade capitalista. A juventude tem um papel fundamental na discussão de superação do modelo atual e excludente desse estágio da sociedade, entretanto a realidade do momento se apresenta complexa e não consegue captar os anseios ora utópicos, ora pontuais, ora uma força lúdica que deixa claro uma inquietação com o contexto da individualidade como regra e a velocidade competitiva como meta. A burocratização de alguns partidos ditos de esquerda ou avançados não conseguem captar essa energia que pede por mudança que historicamente tem comprovado sua importância em um projeto revolucionário, a falta de um programa político-ideológico que contemple a ansiedade de uma geração deixa de fora uma parcela importante no avanço político tão desejado. Diferente das opiniões pessimistas que vêem essa geração como dispersa e sem sonhos, a juventude tem demonstrado que a falta de resposta para seus anseios tem implicado em mobilizações com diferentes ferramentas contemporâneas como as redes sociais e virtuais e as ações lúdicas que apresentam uma critica ao modo de vida propagado pela grande mídia.
            É esse mesmo contexto que implica a uma entidade da importância histórica como a UNE uma postura diferente. Uma entidade que apresente espaços para discussões de temas que afetam a juventude no seu cotidiano como a diversidade sexual, religiosa, étnica ou o debate do feminismo com um posicionamento claro frente às estruturas vigentes de uma sociedade capitalista. Para isso nós da reconquistar a une Goiás, juventude da Articulação de Esquerda deixamos nossa posição classista, democrática e de massas clara. Para superar opressão e desigualdade somente com a superação da sociedade capitalista, nesse sentido a UNE como propagadora e representante da voz dos estudantes de todo o Brasil dever ir às ruas na luta conjunta com trabalhadores e movimentos sociais, deve ousar sonhar uma sociedade mais justa com distribuição de renda e paridade entre os sexos, levar a juventude ao seu papel de protagonista na disputa e discussão dos rumos da sociedade brasileira.

segunda-feira, 4 de julho de 2011

I Congresso da AE - resumo.


O I Congresso Estadual da Articulação de Esquerda em GO foi realizado nos termos do Regimento Interno do I Congresso da Articulação de Esquerda, nos dias 08 e 09 de julho de 2011, na sede do PT Municipal, situada à Rua 260, nº 105, Setor Universitário, Goiânia/GO, com início às 20h do dia 08 de julho (sexta-feira) e término às 20h do dia 09 de julho (sábado).

A sessão do Congresso foi organizada de forma que pudéssemos discorrer sobre os pontos de pauta do I Congresso da AE previstos no regimento: I. Balanço do período atual; II. Estratégia e programa; III. Conjuntura e Tática; IV e Construção do PT e da AE; V Eleição da Direção Estadual, Comissão de Ética e do Delegado e Suplente Nacional.

Na Plenária final foi eleita a nova direção estadual, bem como o secretariado da DEAE-GO, que será composta por:

Eduardo Nunes Loureiro – Goiânia– Organização e Finanças
João Felipe Silva Fleming – Goiânia – Frente Institucional
Carlito Dias Rocha – Goiânia – Frente de Massas
Jacqueline Arantes – Goiânia – Comunicação
Ângela Cristina Ferreira – Goiânia – Formação Política
Allan Hahnemann Ferreira – Goiânia
Eulange de Sousa – Goiânia
Maria Meire Ferreira – Cidade de Goiás
Murillo – Braslândia
Ruberval Gonçalves de Morais – Aparecida de Goiânia

A comissão de ética da Articulação de Esquerda de Goiás será composta pelos companheiros:

Eulange de Sousa
Sand Araújo
Marcello Soldan

Direção Estadual da Articulação de Esquerda de Goiás