Somos militantes do Partido dos Trabalhadores e convidamos você a se filiar também.
O PT é um partido socialista, democrático e de classe. Ele defende a igualdade de direitos e a melhor distribuição das riquezas, com justiça e solidariedade.
Se filiando ao PT você pode participar das decisões do PT e ajudar a construir a luta do povo trabalhador no Brasil e no mundo pelo socialismo!
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segunda-feira, 13 de agosto de 2012
sexta-feira, 3 de agosto de 2012
À Direção Nacional do PT
Nota da Direção Nacional da Articulação de Esquerda ao PT sobre a greve do funcionalismo publico federal.
O Partido dos Trabalhadores deve apoiar a luta dos servidores em greve em suas reivindicações relativas à melhoria das condições dos locais de trabalho (reforma do espaço físico, renovação de equipamentos etc), de estruturação dos planos de carreira e de aumento real de salário para todos os servidores públicos federais, em especial os que estão em greve, instando o governo federal a ampliar e renovar seu empenho para o avanço das negociações.
É esta politica que está em jogo na atual greve do funcionalismo. Cabe ao PT cumprir um papel ativo na tentativa de fortalecer os canais de diálogo e negociação efetiva entre o governo e o movimento sindical do funcionalismo.
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segunda-feira, 23 de julho de 2012
Mara Emília Vereadora 13.100: "Ser mulher, mãe, negra, jovem e trabalhadora me moldou na luta."
Carta de apresentação da companheira Mara Emília, candidata a vereadora pelo Partido dos Trabalhadores em Goiânia.
Companheiras e companheiros,
Ser mulher, mãe, negra, jovem e trabalhadora me moldou na luta por direitos humanos: igualdade, respeito e dignidade têm sido minhas características e meus desafios ao longo do tempo.
quarta-feira, 4 de julho de 2012
9ª Jornada Nacional de Formação Política da AE
A Articulação de Esquerda, tendência interna do PT, convida a sua militância e os petistas em geral, para a nona edição da sua Jornada Nacional de Formação Politica, que neste ano será realizada no Centro de Treinamento João Paulo II, em Natal-RN, no período de 7 a 15 de julho.
Programação:
Resoluções da AE – Socialismo, Estratégia e Bloco Histórico.
O papel da Luta das mulheres; da Juventude; e a Luta LGBT; na luta pelo socialismo.
História da Luta Pelo Socialismo: a) o período de 1848 a 1917; b) a Revolução Russa; c) Revolução Chinesa; d) Revolução Cubana e as guerrilhas na América Latina; e) o Governo da Unidade Popular no Chile; f) o momento atual, neoliberalismo e imperialismo.
História do Brasil; a) 1500/1888; b) 1889/1930; c) 1930/1964; d) 1964/1980; e) 1980/2000.
História do Governo Lula e Dilma.
História do PT e da AE.
Mais detalhes acesse o link: http://pagina13.org.br/frentes/formacao/9a-jornada-de-formacao-politica-da-articulacao-de-esquerda/
segunda-feira, 18 de junho de 2012
Tome Partido - Contribuição da Articulação de Esquerda a Campanha de Filiação ao PT
Pagina13 publica hoje a primeira parte de uma história em quadrinhos elaborada pelo artista gráfico Francisco de Assis Marcatti Jr. A versão impressa sairá a partir de julho, encartada na edição mensal de Página 13. Autor e editor agradecem sugestões, até porque se trata de um instrumento de trabalho, que utilizaremos na campanha de filiação ao Partido dos Trabalhadores. Para visualizar o restante da primeira parte acesse o link: http://pagina13.org.br/2012/06/tome-partido-parte-1/
terça-feira, 12 de junho de 2012
MOÇÃO DE APOIO AO "FORA MARCONI" E "FORA DEMÓSTENES", APROVADA POR UNANIMIDADE NO ENCONTRO MUNICIPAL DO PT DE GOIÂNIA
FORA
MARCONI! FORA DEMÓSTENES!
Para
o PT recuperar sua capacidade dirigente e se posicionar como alternativa
política real em Goiás, não pode se omitir em relação a pontos polêmicos relativos
a conjuntura, prinicpalmente no que se refere a turbulência institucional
gerada à partir do envolvimento de Carlinhos Cachoeira, o Governador Marconi
(PSDB) e o Senador Demóstenes Torres (ex – DEM).
Mais
que engrossar o discurso moralista e conservador, o papel do PT deve ser o de
politizar o debate, demonstrando que a relação entre Cachoeira e o bloco PSDB/DEM
revela
não apenas os tentáculos do crime organizado no aparato do Estado, mas que a
corrupção é parte estrutural da política da classe dominante no Brasil.
O PT deve empunhar a
palavra de ordem “Fora Marconi” e mobilizar seus esforços, convocando sua
militância para as ruas exigindo o impeachment do governador de Goiás e a
cassação do mandato do Senador Demóstenes Torres.
FORA MARCONI POR PRIVATIZAR
OS BENS PÚBLICOS!
FORA MARCONI POR CRIMINALIZAR
A POBREZA E OS MOVIMENTOS SOCIAIS!
FORA MARCONI POR AGENCIAR
A CORRUPÇÃO EM GOIÁS!
FORA MARCONI POR SUCATEAR
A EDUCAÇÃO PÚBLICA!
FORA MARCONI POR IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA!
Encontro Municipal do
PT de Goiânia, 10 de junho de 2012.
segunda-feira, 4 de junho de 2012
Por Wladimir Pomar - Reformas necessárias: que fazer?
As recentes informações sobre as quedas no ritmo de crescimento da economia e de geração de empregos, assim como as novas tentativas de reativação econômica através do crédito ao consumo e incentivos à indústria automobilística, estimulam a percepção de que esses remédios estão no limite de sua capacidade.
Quaisquer que sejam as origens do baixo ritmo de crescimento da economia e da geração de empregos, isso acabará por rebater negativamente sobre os programas sociais e sobre a correlação das forças políticas. Embora o governo e o PT tenham bandeiras sociais e políticas que interessem às camadas populares e democráticas da população, um tropeço na recuperação econômica pode ser fatal.
Não é por acaso que os neoliberais retomam as criticas. Para eles, a desaceleração seria apenas reflexo da intervenção estatal e da falta de reformas privatistas. Concluem, portanto, que seria hora de repensar o modelo de crescimento e mudar o foco do consumo, abrindo mais oportunidades para o capital privado. Como a temida palavra "privatização" não poderia ser usada, sugerem a melhoria da "regulação", ampliando as concessões na infraestrutura, aumentando a poupança pública, desonerando impostos, e investindo em reformas micro econômicas.
Paralelamente, os países desenvolvidos aumentaram sua pressão sobre os emergentes, inclusive o Brasil, para obter um acordo global de facilitação de comércio, a fim de aumentar suas exportações e sair da crise. Portanto, o neoliberalismo volta a pressionar na economia e ensaia sua ofensiva política. Em tais condições, embora as reformas políticas, o código florestal, a democratização das comunicações, e a CPMI do meliante Cachoeira estejam na dianteira da pauta política do PT e do governo, a conjuntura econômica parece confrontar-se com as condições estruturais que impedem o crescimento e a criação de postos de trabalho. Se isso for verdade, como pensamos que é, tais questões precisam ter um tratamento político que evite termos de ouvir alguém dizer a famosa frase “Foi a economia, estúpido!”
Para enfrentar essa situação é necessário afastar a ideia de que nossos problemas econômicos são decorrência da crise internacional. A crise, que contrai os mercados norte-americano e europeu, afeta as exportações brasileiras de commodities. Mas, por outro lado, oferece excedentes de capitais e dá visibilidade a novos e grandes mercados domésticos na Ásia, África e América Latina, cujo aproveitamento depende da superação de preconceitos, de certa dose de audácia, pesquisas de mercado, e muito empreendedorismo.
Além disso, ao tratar do tema da desindustrialização, não se pode aceitar o argumento de que ela não se restringe à economia brasileira ou às economias periféricas, sendo também relevante nas economias centrais, em particular na americana. É necessário distinguir a natureza estrutural da desindustrialização americana, da natureza conjuntural da desindustrialização brasileira. A desindustrialização do capitalismo central tem sido, na verdade, o principal fator de industrialização dos países emergentes, com exceção daqueles que seguiram os ditames neoliberais. Confundir os dois processos, como se fossem da mesma natureza, pode nos levar a erros sérios.
Portanto, tornou-se estratégico tratar, como problema estrutural, a cadeia de questões relacionadas com a industrialização brasileira. O que inclui juros, câmbio, tributos, créditos, investimentos, utilização de diferentes tipos de capitais, adensamento das cadeias produtivas, intensificação da competição interna, elevação das taxas de emprego, fortalecimento do mercado interno, elevação da produtividade, uso de novas e altas tecnologias, inovação, e elevação da competitividade internacional.
Alguém pode supor que faltam nessa lista a defesa comercial e a proteção da indústria nacional, o que é verdade. Porque esses itens, no mundo atual, só conseguem ser efetivos através da elevação da produtividade e da inovação científica e tecnológica. Medidas defensivas, que mantenham o status quo produtivo, são de efeito restrito de curtíssimo prazo, logo depois agravando o atraso.
Rebaixamento dos juros, controle do câmbio, tributação progressiva e créditos democratizados são medidas que demandam apoio social e político consistente, porque mexem com interesses do sistema oligopólico financeiro, industrial, agrário e comercial. Em certa medida, dependem da mobilização não só dos trabalhadores e demais camadas populares da população, mas também dos setores pequenos e médios da burguesia, que só se movem se sentirem que o governo realmente opera na redução dos tributos diretos, indiretos e ocultos que incidem sobre seus negócios, na democratização do capital, e na facilitação de créditos de custeio e de investimentos.
Nesse sentido, é fundamental que a abordagem dos investimentos seja diametralmente oposta à abordagem neoliberal e mesmo liberal. Não se trata só de elevar os investimentos de 25% a 30% do PIB. Trata-se de formular uma política de industrialização que adense as cadeias produtivas e amplie o conteúdo local, evitando os males do padrão de concorrência intercapitalista fundado na fragmentação das cadeias produtivas. Tal adensamento deve privilegiar os setores industriais chaves para a industrialização nacional. Portanto, não devem ficar restritos ao adensamento das cadeias nos eixos de expansão recente, como os setores produtores de bens de consumo de massa, infraestrutura econômica e social, e atividades fundadas em recursos naturais.
É necessário introduzir mudanças tanto na atual matriz industrial, quanto na estrutura empresarial altamente concentrada e centralizada, em especial por multinacionais estrangeiras. O Brasil possui uma indústria de bens de consumo de massa, inclusive de bens duráveis, relativamente desenvolvida. Mas ela não é capaz de sustentar um aumento de consumo além de 3% a 4% do PIB, em virtude de sua oligopolização e de sua prática de altos preços administrados. A experiência recente da pressão inflacionária causada pelo descompasso entre a elevação do poder de compra de camadas pobres da população e a oferta desses bens foi uma amostra clara dessa situação.
Além disso, o Brasil possui uma indústria de equipamentos para a produção de bens de consumo pouco desenvolvida, em parte também oligopolizada por multinacionais estrangeiras, e uma indústria de produção de máquinas ferramentas muito pouco desenvolvida. Por serem os setores que expressam a incorporação das ciências e tecnologias como forças produtivas, qualquer política brasileira de crescimento e de adensamento das cadeias produtivas será altamente dependente de equipamentos e máquinas que não produzimos.
Portanto, a política de investimentos, para ter como meta uma redução real da dependência de máquinas e equipamentos de última geração, precisará contemplar com prioridade o adensamento das cadeias de produção de máquinas ferramentas e de equipamentos, que incorporem os avanços tecnológicos em novos materiais, eletrônica, automatismo e nanotecnologia.
Em contraposição, essa questão nos obriga a levar em conta que a incorporação de tecnologias nos processos produtivos, para a elevação da produtividade, reduz o trabalho vivo, entrando em contradição com a necessidade de gerar novos postos de trabalho, reduzir ao máximo o desemprego, e fortalecer o mercado interno. O que torna ainda mais indispensável a reforma estrutural na concentração e centralização do capital existente no Brasil.
Apenas para exemplo, mais de 70% do valor dos recursos do BNDES são canalizados para projetos de algumas grandes empresas que, a rigor, deveriam girar com recursos financeiros privados, enquanto os quase 30% restantes se dirigem para o capital de giro de médias e pequenas empresas. Esses 30% são um dos motivos da grita dos neoliberais. O “ativismo estatal” impede que todos os recursos públicos se destinem aos projetos das grandes corporações, obrigando-as a empregar parte dos capitais que deixam rendendo na especulação financeira.
Assim, se quisermos combinar industrialização nacional com geração de empregos, será necessário que o BNDES e os demais bancos e sistemas públicos de fomento direcionem a maior parte de seus recursos para pequenas e médias empresas inovadoras em ciência e tecnologia, assim como para indústrias intensivas em trabalho. Em outras palavras, é necessário trabalhar com políticas diferenciadas, não só para intensificar a concorrência que rompa com os oligopólios, mas também para manter elevado o ritmo de emprego.
Também é fundamental superar a falta de clareza na atração de investimentos estrangeiros, atendendo três requisitos básicos. Primeiro, que eles sejam direcionados para os elos de adensamento prioritário. Segundo, que sejam pressionados a virem acompanhados de altas e novas tecnologias. Terceiro, que sejam induzidos a associar-se com empresas brasileiras, especialmente médias, que possam assimilar as tecnologias e, mais adiante, consigam independência e caminhem com os próprios pés, conformando um setor verdadeiramente nacional da indústria instalada no Brasil.
Nesse sentido, será necessário repensar as áreas estratégicas que só interessam às empresas privadas se forem financiadas e garantidas pelo Estado, com risco mínimo. Essas áreas exigem altos investimentos e são de maturação e retorno demorado, como é o caso das obras e operações de infraestrutura. Em tais casos, mesmo que o Estado ofereça incentivos apropriados, a terceirização para empresas privadas só deveria se justificar no caso delas aplicarem capitais próprios. Em caso contrário, pode ser mais econômico para as finanças públicas que empresas estatais assumam os projetos.
Pensando bem, as reformas que o Brasil necessita neste momento rompem com os limites conjunturais e nos colocam diante de desafios estruturais. Que fazer?
*Wladimir Pomar é jornalista e escritor
Fonte: http://pagina13.org.br/
sexta-feira, 1 de junho de 2012
SOBRE A INUTILIDADE DO VOTO NULO COMO ARMA DE PROTESTO
A atual conjuntura política do Brasil, mais particularmente do estado de Goiás, faz com que aumente a quantidade de pessoas que declaram que votarão nulo nestas eleições. Argumentam que uma grande quantidade de votos nulos daria um "recado aos políticos".
Existe um grande erro neste tipo de pensamento. Nem todo político é igual. Contudo, partindo do princípio que fossem: isso significaria, conforme manifestação daqueles que defendem abrir mão do direito ao sufrágio universal, que políticos não têm nenhum caráter. Ora, quem não tem caráter não se constrange. Então, qual seria a utilidade de uma grande massa de votos inválidos?
Se iludir com a "força" do voto nulo parte do princípio que todos os que agem desta maneira estão unidos em torno de um ideal comum, o que é falso. Há os que votam nulo como arma política, outros que votam porque acham que "político é tudo igual" e diversos outros motivos. É praticamente impossível que o simples ato de se abster de sua escolha seja uma forma de pressão.
Hoje, temos um sistema eleitoral e político estabelecido. Qualquer mudança passa, primeiro, pela mobilização. Governos só funcionam sobre pressão. Se não houver a pressão popular e a ameaça de não serem reeleitos ou elegerem seus sucessores, funcionarão outros tipos de pressão, de outros setores sociais, geralmente detentores do poder econômico.
O voto nulo, ao contrário, é um fator de anti-mobilização. Primeiro, pela já citada falta de pauta comum. Segundo, porque, paradoxalmente, apenas fortalece o status quo. Ao contrário do que é amplamente divulgado, uma grande quantidade de votos anulados não cancela a eleição - a não ser em caso de fraude, como votos em candidatos invalidados pela Justiça que ultrapassem 50%, por exemplo. Isso significa que os votos nulos favorecem aqueles que estão mais organizados. Numa sociedade despolitizada e desmobilizada, estes são os que possuem mais dinheiro. Quem tem dinheiro, provavelmente o ganhou nas condições existentes hoje e não tem interesse em mudar.
Uma alternativa a votar nulo na atual conjuntura seria escolher uma candidatura para apoiar e, caso ela seja vitoriosa, não desmontar a mobilização para elegê-la, e se tornar seu maior fiscal, sendo inclusive seu algoz, em caso de não se cumprir com o prometido. Por mais que a desilusão com a política seja recorrente, não nos enganemos: não há saída fora dela. E a saída dentro dela passa pela mobilização crescente e permanente. Do contrário, seremos sempre massa de manobra, acentuadas por medidas desmobilizadoras como o voto nulo, ainda que sejam sinceras.
Eduardo Nunes Loureiro
Dirigente nacional da Articulação de Esquerda, militante do PT-GO
Existe um grande erro neste tipo de pensamento. Nem todo político é igual. Contudo, partindo do princípio que fossem: isso significaria, conforme manifestação daqueles que defendem abrir mão do direito ao sufrágio universal, que políticos não têm nenhum caráter. Ora, quem não tem caráter não se constrange. Então, qual seria a utilidade de uma grande massa de votos inválidos?
Se iludir com a "força" do voto nulo parte do princípio que todos os que agem desta maneira estão unidos em torno de um ideal comum, o que é falso. Há os que votam nulo como arma política, outros que votam porque acham que "político é tudo igual" e diversos outros motivos. É praticamente impossível que o simples ato de se abster de sua escolha seja uma forma de pressão.
Hoje, temos um sistema eleitoral e político estabelecido. Qualquer mudança passa, primeiro, pela mobilização. Governos só funcionam sobre pressão. Se não houver a pressão popular e a ameaça de não serem reeleitos ou elegerem seus sucessores, funcionarão outros tipos de pressão, de outros setores sociais, geralmente detentores do poder econômico.
O voto nulo, ao contrário, é um fator de anti-mobilização. Primeiro, pela já citada falta de pauta comum. Segundo, porque, paradoxalmente, apenas fortalece o status quo. Ao contrário do que é amplamente divulgado, uma grande quantidade de votos anulados não cancela a eleição - a não ser em caso de fraude, como votos em candidatos invalidados pela Justiça que ultrapassem 50%, por exemplo. Isso significa que os votos nulos favorecem aqueles que estão mais organizados. Numa sociedade despolitizada e desmobilizada, estes são os que possuem mais dinheiro. Quem tem dinheiro, provavelmente o ganhou nas condições existentes hoje e não tem interesse em mudar.
Uma alternativa a votar nulo na atual conjuntura seria escolher uma candidatura para apoiar e, caso ela seja vitoriosa, não desmontar a mobilização para elegê-la, e se tornar seu maior fiscal, sendo inclusive seu algoz, em caso de não se cumprir com o prometido. Por mais que a desilusão com a política seja recorrente, não nos enganemos: não há saída fora dela. E a saída dentro dela passa pela mobilização crescente e permanente. Do contrário, seremos sempre massa de manobra, acentuadas por medidas desmobilizadoras como o voto nulo, ainda que sejam sinceras.
Eduardo Nunes Loureiro
Dirigente nacional da Articulação de Esquerda, militante do PT-GO
quinta-feira, 31 de maio de 2012
Quem é o inimigo (do País)? Quem é você (Gilmar Mendes)?
Uma “excelente” relação, uma relação “familiar”. E, de repente, uma rede de intrigas. A mudança ocorre numa breve passagem do tempo e, mais especificamente, na mudança nas esferas de poder, entre o ministro Gilmar Mendes, ex-presidente do Supremo Tribunal Federal, e o ex-presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva.
Por mais curta que seja a distância entre o Palácio do Planalto e o Supremo Tribunal Federal, a Praça dos Três Poderes marca bem o quadrado de cada um, a diferença (mais do que arquitetônica) de papéis e a clara necessidade de independência entre vizinhos, sob o lindo céu do Planalto Central. Hoje, bem longe dali, Lula é acusado pelo homem que se dizia tão íntimo, como família, de tentar interferir nas decisões do STF em relação ao julgamento do mensalão, tendo em vista as eleições municipais de outubro.
Diante das reações à tamanha denúncia, em que aparece como um ser, no mínimo, suspeito, Gilmar Mendes, diz estar lidando com bandidos e profere uma série de outros adjetivos que não caberiam na boca de um ex-presidente do respeitado Supremo e ainda o colocam num filme de gangster – diga-se de passagem, de segunda classe -, em que só importa atirar.
Afinal, quem é o franco-atirador da vez e por que Lula é o alvo? Quem é o homem que tentar arranhar a imagem do presidente da República que justamente honrou a independência dos poderes, em oito anos de mandato, que fez do Brasil um País mais decente e respeitado internacionalmente, que combateu as injustiças sociais e, por isso mesmo, mereceu o título de mais querido da nossa história?
Quem é quem? O ministro Gilmar Mendes se notabilizou por defender o indefensável, de lançar mão, quando integrante do Poder Executivo (de Collor a FHC) de “invenções jurídicas”, como bem ressaltou o jurista Dalmo de Abreu Dallari, para fazer valer interesses estranhos ao fim público.
Dallari lembra que ele e Nelson Jobim, quando ministro da Justiça de Fernando Henrique Cardoso, “na tentativa de anular a demarcação de áreas indígenas, alegando inconstitucionalidade, duas vezes negadas pelo STF, inventaram uma tese jurídica que serviu de base para um decreto do presidente FH revogando o decreto em que se baseavam as demarcações”.
Não foi com espírito público também que Gilmar Mendes e o Instituto Brasiliense de Direito Público (IDP), criado por ele em 1998, uma escola privada que oferece cursosde graduação e pós-graduação em Brasília, faturou cerca de R$ 1,65 milhão em convênios com a União até 2008.
Reportagem da Revista “Carta Capital” à época revelou que dos dez colegas de Mendes no STF seis eram professores do instituto, além de outras figuras importantes nos poderes Executivo e Judiciário. E os maiores clientes do IDP do ex-presidente do STF eram a União, o próprio Supremo e o Congresso Nacional. Mendes chegou a confirmar que era sócio do IDP e não via nisso qualquer impedimento. Legal, né?
Verdade seja dita para honrar o nome Lula, o nome STF, o trabalho de homens e instituições públicas. Lembrar a trajetória de Gilmar Mendes ajuda a entender, sim, porque é tão inverossímil a suposta conversa do ex- presidente do Supremo com o ex-presidente da República, divulgada pela sempre “Veja”, no sentido de adiar o julgamento do mensalão para depois das eleições municipais.
Mendes foi advogado-geral da União no Governo Fernando Henrique Cardoso e indicado por ele como ministro do STF em 20 de junho de 2002. E, nessa função, assumiu posições bem curiosas, como libertar duas vezes seguidas (em 9 e 11 de julho de 2008) o banqueiro Daniel Dantas (indiciado em meu relatório na CPI dos Grampos, em maio de 2009). E houve reação: 42 procuradores da República divulgaram, na data da primeira liberação, uma Carta Aberta à sociedade brasileira, lamentando a decisão do então presidente do STF. Mais: 134 juízes federais da Terceira Região (São Paulo e MS) divulgaram carta de apoio ao juiz federal da 6ª Vara, Fausto Martim de Sanctis, responsável por expedir o pedido de prisão de Dantas, em um manifesto público no qual demonstraram sua indignação com a atitude de Mendes.
O manifesto ganhou centenas de adesões de juízes federais em menos de uma semana. A Associação de Delegados da Polícia Federal (ADPF) divulgou uma nota à imprensa criticando a decisão do presidente do STF, alegando que estava em desacordo com a jurisprudência dominante.
Não bastasse esse grande escândalo, Gilmar Mendes bateu boca, em dois momentos, com o também ministro do Supremo Joaquim Barbosa.
O caso mais polêmico ocorreu no dia 22 de abril de 2009, quando Barbosa pediu uma reflexão sobre um caso que estava sendo julgado. Mendes, então, disse que a sessão estava encerrada e sugeriu que Barbosa não tinha condições de dar lição de moral a ele ou a outrem. Por sua vez, Joaquim Barbosa acusou o presidente da Corte de estar “destruindo a credibilidade da Justiça brasileira” e o desafiou a sair à rua.
O fato acabou gerando o movimento “Saia às Ruas”, chamado pela Internet, que resultou numa grande manifestação, na Praça dos Três Poderes. Cinco mil velas foram espalhadas no local, onde os manifestantes, milhares, gritavam “fora Gilmar Mendes”. O então presidente do Supremo teve que ouvir, de dentro do STF, uma vaia gigantesca.
Quem é esse homem que sempre vislumbra holofotes? Mendes se notabilizou e foi muito criticado por dar declarações contra os movimentos sociais e fazer clara oposição ao Governo Lula.
O xis da questão: por que Lula, um líder nascido nas ruas, que, como presidente da República nunca recorreu a nenhum tipo de expediente para pressionar outros poderes, o faria neste momento e justo com este interlocutor, aliado às elites nacionais?
Por que, justo no momento em que a CPI do Cachoeira trabalha atrás da verdade nos bastidores sujos do poder? Que armação é essa e a quem interessa?
Para o jornalista e blogueiro Luis Nassif, para se expor dessa maneira, Gilmar Mendes tem “culpa no cartório”. E lembra que o magistrado participou de duas “armações” com a Revista “Veja”: o caso do grampo sem áudio e o falso grampo no Supremo.
Ou seja, já foi pego na mentira antes. Quando sustentou o grampeamento de conversas telefônicas com o senador Demóstenes Torres, seu grande amigo. Para a Polícia Federal, após a realização de perícias, não houve interceptações e gravações. Na época, ele saiu atirando pela mídia e disse que chamaria o então presidente Lula às falas.
Por suspeitar da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Gilmar Mendes exigiu a saída imediata do seu diretor-geral, delegado Paulo Lacerda, e ele saiu.
A história, afinal, não mente. Desde a sua indicação por FHC para ministro do STF no último ano de seu mandato, Gilmar Mendes já não era bem visto nem bem-vindo. “Se essa indicação vier a ser aprovada pelo Senado, não há exagero em afirmar que estarão correndo sério risco a proteção dos direitos no Brasil, o combate à corrupção e a própria normalidade constitucional (…). O nome indicado está longe de preencher os requisitos necessários para que alguém seja membro da mais alta Corte do País”, escreveu o professor da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo Dalmo de Abreu Dallari, em artigo publicado na Folha de S.Paulo.
Mendes tentou processar criminalmente o jurista Dallari pelo artigo, mas a Justiça recusou a instauração da ação penal que o recém-empossado ministro do STF pretendia mover. Dizia a sentença: “A crítica, como expressão de opinião, é a servidão que há de suportar (…) quem se encontrar catalogado no rol das figuras importantes”.
No rol das pessoas importantes, quem é quem? Há os que dedicam anos de suas vidas ao trabalho pela justiça social e há os que usam o manto da justiça em nome de interesses escusos. Uma coisa é ver, outra é enxergar! E o Brasil enxerga a verdade nos olhos de quem já escreveu seu nome na história do País, de verdade.
Iriny Lopes é deputada federal pelo PT-ES
sexta-feira, 18 de maio de 2012
Cartilha para trabalho de base no Movimento Estudantil da Juventude da Articulação de Esquerda
Quando nos dispusemos a mudar o mundo rebateram: “Ora, que bobagem, é mais fácil o mundo mudar vocês!”. Não nos convenceram. Não. Não vão nos convencer. Não sonhamos porque queremos fugir da realidade, mas sim porque esta, como não nos agrada, deve ser transformada: os incomodados que mudem o mundo.
Muitos ficaram pelo caminho. Muitos mudaram de lado, deixaram de sentir a injustiça e a barbárie. Alguns fraquejaram, é verdade, mas se recompuseram e mantiveram-se de pé. Há ainda aqueles que nunca deixaram de estar conosco: esses são imprescindíveis.
Sempre estivemos presentes na história dos lutadores e das lutadoras do povo. Participamos de revoluções e guerrilhas, já fomos queimados, enforcados, perseguidos, procurados, clandestinos, desaparecidos e torturados.
E quem pensou que seria fácil? Não fossem pelas muitas vitórias, as incontáveis derrotas já teriam nos dissipado, nos arrasado.
Estaríamos aniquilados. Eles tentam nos calar, mas não conseguem. Somos como a mosca do baú do velho poeta: se me matam, vem outra em meu lugar. Eles pisam nas rosas, mas a primavera permanece chegando, ano após ano. Não fazemos nossa parte, somos parte.
Não sabemos quanto tempo vai levar até que nossos sonhos se tornem realidade. Mas não é isso que importa: estaremos sempre e incansavelmente dispostos a nos rebelar.
Amamos e odiamos. Sorrimos e choramos. Gritamos e sussurramos. Cantamos, não calamos. Lutamos, não nos entregamos.
Somos da juventude da Articulação de Esquerda, tendência do Partido dos Trabalhadores (PT).
Lutamos pelo socialismo, a revolução, a estratégia democrático-popular, o caráter de classe do PT e trabalhamos para articular a presença da esquerda em governos progressistas na América Latina e no Brasil com a luta pela superação docapitalismo.
Para baixar a Cartilha Acesse: http://pagina13.org.br/2012/05/cartilha-para-trabalho-de-base-da-juventude-da-articulacao-de-esquerda/
quinta-feira, 17 de maio de 2012
Ata do Encontro Estadual do Setorial de Direitos Humanos do PT em Goiás
Aos 22 dias do mês de Março do ano de
2012, as 19h na Assembléia legislativa do Estado de Goiás, Goiânia/Goiás, os militantes
do Partido dos Trabalhadores que fizeram a adesão ao Setorial de Direitos
Humanos do PT, dão por abertos os trabalhos da
reunião e colocam em discussão a contrução do Setorial Estadual de Direitos
Humanos do PT, com a seguinte pauta – O PT e os Direitos Humanos; avanços,
desáfios e retrocessos.
Após o debate, foram
encaminhados as seguintes tarefas: a) Realizar reunião para definir as
diretrizes programáticas no que se refere a temática dos Direitos Humanos para os
candidatos/as a prefeitos/as e vereadores/as do PT em Goiás nas eleições 2012; b) realizar
planejamento contendo diretrizes para a estruturação do Setorial Estadual de
Direitos Humanos do PT em Goiás; c) coordenar a regularização financeira dos
membros do Setorial de Direitos Humanos e buscar novas adesões. A mesa diretora
da reunião foi formada pelos companheiros Allan
Ranheman, Meire de Carvalho, Ângela Café, Pedro Wilson, Mauro Rubem e
Valminandes Martins.
Encerrou-se o
encontro elegendo a seguinte Coordenação Setorial Estadual de Direitos Humanos
do Partido dos Trabalhadores em Goiás: Allan Hanheman, Ângela Cristina, João Felipe Silva Fleming, Sandra
Maria de Oliveira, Altamiro José Alves Moreira, Eulange de Souza, Eduardo
Loureiro, Maria Paixão Soares da Silva, Valminandes Martins de Souza, Mara
Emília Gomes Gonçalves, Rodrigo Gomes da Paixão, e como coordenador geral foi
eleito Allan Hanheman. Segue anexo lista de presença do encontro setorial.
Coordenação Setorial Estadual de Direitos Humanos do PT em Goiás.
Goiânia, 22 de março de 2012.
Investigar “outro lado” na ditadura: seria igualar nazistas à Resistência Francesa
Por Rodrigo Viana
Raymond Aubrac morreu no mês passado. Tinha 97 anos, viúvo. Na França, era tratado como herói. Lutou de armas na mão contra os nazistas e contra os franceses colaboracionistas, que aceitaram manter um regime fantoche em apoio a Hitler.
Aubrac e a mulher, morta há uma década, foram líderes da Resistência Francesa. Se morassem no Brasil, parte dos comentaristas e colunistas da direita brazuca certamente diria que eles tinham sido ”terroristas”. Sim, Aubrac lançou bombas, deu tiros. Foi preso, escapou milagrosamente dos nazistas. Tinha inimigos. E lutou. E não deixou de lutar. Depois da Guerra, tornou-se amigo de Ho-Chi-Min. E na última campanha eleitoral francesa, chegou a declarar apoio a Hollande, do Partido Socialista. Ele tinha um lado.
Um homem precisa ser “neutro” pra lutar por Justiça? Tolice. Mais que tolice. Argumento falacioso a proteger criminosos de guerra. Seja na Europa ou na América do Sul. Aqui, às vezes cola. Lá, não cola…
No Brasil, Aubrac e a mulher talvez fossem chamados de “petralhas”. Mais que isso. Talvez aparecesse um ex-ministro tucano dizendo que “os dois lados” precisam ser investigados. Sim! Não é justo julgar (ou relatar os crimes, que seja) apenas dos pobres nazistas. E as “vítimas inocentes” do “outro lado”? Essa Resistência Francesa era “criminosa”…
Aubrac seria exercrado, ofendido. Pela internet, circulariam e-mails idiotas chamando o sujeito de “terrorista”, talvez achassem uma foto dele com fuzil pra dizer: olha só, o “outro lado” era adepto da força bruta, não era bonzinho, também precisa ser investigado…
Isso me lembra o título daquele livro: “Falta Alguém em Nuremberg!” Sim, para a direita brasileira (e os apavorados que se acham de esquerda e têm medo de enfrentá-la) seria preciso enviar a Resistência Francesa a julgamento! Afinal, a Resistência pegou em armas, cometeu “crimes”.
No Brasil, por hora, nem se fala em julgamento. Mas numa simples Comissão a relatar os crimes cometidos por agentes do Estado. Crimes contra a Humanidade. Não se fala em execrar soldados, sargentos ou oficiais que, eventualmente, tenham matado guerrilheiros em combate. Da mesma forma, nunca ninguém se atreveu a “condenar” soldados alemães que lutaram nas trincheiras ou nas ruas.
O que se pretende é relatar crimes de tortura, desaparecimento, assassinatos cometidos a sangue frio… Ah, mas estávamos numa “guerra”, dizem militares brasileiros (secundados por civis perversos, e até por gente de boa fé mas desinformada) que atacam a Comissão. Há controvérsias se aquilo que ocorreu no Brasil foi uma “guerra”…
De todo jeito, na Europa houve “guerra”. Pra valer. Nem por isso, crimes contra a Humanidade deixaram de ser julgados. Nazistas e seus colaboradores que torturaram, assassinaram e incineraram gente indefesa foram a julgamento. A Resistência Francesa não foi a julgamento. Nem irá.
O resto é invenção do conservadorismo mais matreiro do mundo, porque dissimulado: o conservadorismo brasileiro. Nesse debate sobre a Comissão da Verdade, é preciso derrotá-lo. Com inteligência, moderação.
Mas com firmeza.
Fonte: Blog Rodrigo Viana
Raymond Aubrac morreu no mês passado. Tinha 97 anos, viúvo. Na França, era tratado como herói. Lutou de armas na mão contra os nazistas e contra os franceses colaboracionistas, que aceitaram manter um regime fantoche em apoio a Hitler.
Aubrac e a mulher, morta há uma década, foram líderes da Resistência Francesa. Se morassem no Brasil, parte dos comentaristas e colunistas da direita brazuca certamente diria que eles tinham sido ”terroristas”. Sim, Aubrac lançou bombas, deu tiros. Foi preso, escapou milagrosamente dos nazistas. Tinha inimigos. E lutou. E não deixou de lutar. Depois da Guerra, tornou-se amigo de Ho-Chi-Min. E na última campanha eleitoral francesa, chegou a declarar apoio a Hollande, do Partido Socialista. Ele tinha um lado.
Um homem precisa ser “neutro” pra lutar por Justiça? Tolice. Mais que tolice. Argumento falacioso a proteger criminosos de guerra. Seja na Europa ou na América do Sul. Aqui, às vezes cola. Lá, não cola…
No Brasil, Aubrac e a mulher talvez fossem chamados de “petralhas”. Mais que isso. Talvez aparecesse um ex-ministro tucano dizendo que “os dois lados” precisam ser investigados. Sim! Não é justo julgar (ou relatar os crimes, que seja) apenas dos pobres nazistas. E as “vítimas inocentes” do “outro lado”? Essa Resistência Francesa era “criminosa”…
Aubrac seria exercrado, ofendido. Pela internet, circulariam e-mails idiotas chamando o sujeito de “terrorista”, talvez achassem uma foto dele com fuzil pra dizer: olha só, o “outro lado” era adepto da força bruta, não era bonzinho, também precisa ser investigado…
Isso me lembra o título daquele livro: “Falta Alguém em Nuremberg!” Sim, para a direita brasileira (e os apavorados que se acham de esquerda e têm medo de enfrentá-la) seria preciso enviar a Resistência Francesa a julgamento! Afinal, a Resistência pegou em armas, cometeu “crimes”.
No Brasil, por hora, nem se fala em julgamento. Mas numa simples Comissão a relatar os crimes cometidos por agentes do Estado. Crimes contra a Humanidade. Não se fala em execrar soldados, sargentos ou oficiais que, eventualmente, tenham matado guerrilheiros em combate. Da mesma forma, nunca ninguém se atreveu a “condenar” soldados alemães que lutaram nas trincheiras ou nas ruas.
O que se pretende é relatar crimes de tortura, desaparecimento, assassinatos cometidos a sangue frio… Ah, mas estávamos numa “guerra”, dizem militares brasileiros (secundados por civis perversos, e até por gente de boa fé mas desinformada) que atacam a Comissão. Há controvérsias se aquilo que ocorreu no Brasil foi uma “guerra”…
De todo jeito, na Europa houve “guerra”. Pra valer. Nem por isso, crimes contra a Humanidade deixaram de ser julgados. Nazistas e seus colaboradores que torturaram, assassinaram e incineraram gente indefesa foram a julgamento. A Resistência Francesa não foi a julgamento. Nem irá.
O resto é invenção do conservadorismo mais matreiro do mundo, porque dissimulado: o conservadorismo brasileiro. Nesse debate sobre a Comissão da Verdade, é preciso derrotá-lo. Com inteligência, moderação.
Mas com firmeza.
Fonte: Blog Rodrigo Viana
Saiu a Edição 108 do Jornal Página13 - Confira!
Editorial: Análise de conjuntura internacional e nacional. Combate ao capital financeiro, organização do PT.
Brasil: CPI do Cachoeira e Veja. Vexame: o assunto do momento.
Setoriais: Mulheres: entre a ousadia e o recuo
Setoriais: LBT: Organizar a casa
Setoriais: Direitos Humanos: Unidade conservadora
Direitos Humanos: Comissão Nacional da Verdade, muita luta pela frente
Balanço: Esverdeou à esquerda (Encontro NAcional de Meio-Ambiente do PT)
Meio-ambiente: "Os pobres são os que mais sofrem" (Entrevista com Paulo Guilherme Cabral, novo titular da Secretaria de Extrativismo e Desenvolvimento Rural Sustentável).
Meio-ambiente: "Ceará, Suécia, Ceará", entrevista com Adalberto Alencar
Meio-ambiente: Carta do Rio de Janeiro (Desenvolvimento Sustentável e Erradicação da Miséria pela ótica do Movimento Negro)
Combate ao racismo: O 13 de maio e o projeto civilizatório brasileiro
Combate ao racismo: Os remanescentes quilombolas
Sindical: Não ao imposto sindical!
Seguro-desemprego para trabalhador doméstico (sobre projeto de lei da Senadora Ana Rita-ES)
Eleições 2012: Quinta coluna em defesa de Hartung
Tendência: Jornada de Formação da AE em Natal (em julho)
Para baixá-lo acesse o link:
Boa leitura!
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